O Tempo do Obreiro: como organizá-lo da melhor forma?
O que é administração do tempo? Paradoxalmente a lúcida administração do tempo necessita extrapolar a otimização do tempo – fazer mais em menos tempo. Atingido o equilíbrio entre a conquista dos objetivos e tempo alocado, faz-se necessário transcender – isto é, dispor de tempo livre e estar preparado para usufruí-lo. Tempo é bem mais do que dinheiro, é qualidade de vida. O tempo é irreversível no sentido da sua dimensão, pois não se pode ter o tempo de volta, ele é inelástico: é impossível guardá-lo ou aumentá-lo. A humanidade desde os primórdios aprendeu a mensurar o tempo por meio do uso de calendários, relógios, cronômetros. Isso deixa clara a expectativa que o ser humano tem de controlar aquilo que sabe ser incontrolável.
O tempo é finito, escasso e muito importante. Tempo é vida e desperdiçar tempo é desperdiçar vida, o tempo torna-se maior ou menor dependendo da capacidade de administrá-lo. O tempo uma vez gasto nunca é recuperado, por isso a importância de economizá-lo. Das trocas denominadas como escambo ao comércio local e internacional muita coisa mudou. Hoje, o mundo é predominantemente capitalista e as trocas de mercadorias tornaram-se meio de sobrevivência, tornaram-se comerciais. Assim, as operações tornaram-se globalizadas, a informação passou a ser quase que instantânea.
O mundo vive na velocidade da Internet, mas as empresas dificilmente conseguem acompanhá-la. De acordo com uma pesquisa da Universidade de Berkeley, na Califórnia, “mais de 100 bilhões de e-mails são enviados anualmente no mundo inteiro”. Há cerca de 100 anos as pessoas se locomoviam de trem, a cavalo, de navio e a pé. Sem telefone, escreviam cartas, iam levar ao correio e esperavam dias e semanas pelas respostas, com tranquilidade. Hoje mesmo com toda a tecnologia disponível, internet com mensagens instantâneas, telefones móveis, correios de voz, fax, aviões, videoconferências, ensino virtual e outros tantos recursos, ainda falta tempo às atividades dos sujeitos.
Entre 1760 e 1946, a sociedade industrial desenvolveu-se de forma impressionante, mudando hábitos, formas de vida e de trabalho. A partir de 1946, com a criação do primeiro computador eletrônico iniciou-se a grande transformação que a humanidade vive hoje do “Homo industrialis” para o “Homo digitalis”, que não escreve e sim digita em uma máquina. É uma inverdade que quem administra o tempo torna-se escravo do relógio. Bem ao contrário: quem administra o tempo coloca-o sob controle, torna-se senhor dele. Quem não o administra é por ele dominado, pois acaba fazendo as coisas ao sabor das pressões do momento, não na ordem e quando desejaria.
Embora o equipamento básico de que dispõe os humanos para viver seja a mente, o tempo é o recurso fundamental da nossa vida, a matéria prima básica de nossa atividade. Quando o tempo termina, acaba a vida. Não há maneiras de obter mais. Por isso, tempo é vida. Quem administra o tempo ganha vida, mesmo vivendo o mesmo tempo. Prolongar a duração da vida não é algo sobre o qual se tenha muito controle. Aumentar a vida ganhando tempo dentro da duração que ela tem é algo, porém, que está ao alcance de todos. O tempo é um recurso não renovável e perecível. Quando o tempo acaba, ele acaba mesmo. E o tempo não usado não pode ser estocado para ser usado no futuro. O tempo não é como riquezas, que podem ser acumuladas para uso posterior.
Quem não administra o seu tempo joga sua vida fora, porque um dia só pode ser vivido uma vez. Se o tempo de um dia não for usado sabiamente, não há como aproveitá-lo no dia seguinte. Mas o tempo, embora não renovável e perecível, é um recurso democraticamente distribuído. A capacidade mental, a habilidade, a inteligência, as características físicas são muito desigualmente distribuídas entre as pessoas. O tempo, porém, é distribuído igualmente para todos. O dia tem 24 horas tanto para o mais alto executivo como para o mais pobre desempregado. Todos recebem 24 horas de tempo por dia.
Na verdade, tem todo o tempo que existe: não existe tempo que alguém possa guardar para si, em detrimento dos outros. Alguém pode roubar meu dinheiro, os objetos que possuo. Mas ninguém consegue roubar meu tempo: outra pessoa só consegue determinar como eu vou usar meu tempo se eu o consentir. Assim, deve-se perguntar por que alguns produzem tanto com o tempo de que dispõem e outros não conseguem produzir nada no mesmo tempo? Não é que os últimos não façam nada (não são daqueles que se levantam mais cedo apenas para ter mais tempo para não fazer nada): às vezes são ocupadíssimos, e, no entanto, pouco ou mesmo nada produzem. A explicação está no seguinte: o importante é o que fazemos com o tempo.
Apenas uma pequeno trecho do livro: “O Obreiro e a Administração do Tempo: Conduta e Desafios”
do professor Jeverson Nascimento disponível a venda: https://www.amazon.com.br/Obreiro-Administra%C3%A7%C3%A3o-Avaliando-Conduta-Desafios-ebook/dp/B079Z15DX6
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