Resenha Crítica

Faculdade Batista do Paraná

Artigo: MYATT, A. A Teologia da Libertação e o Novo Pluralismo Religioso. Revista Batista Pioneira, v. 3, n. 1, 2014. Disponível em: http://revista.batistapioneira.edu.br/index.php/rbp/article/view/52. Acessado em: 18 junhos 2015.

PALAVRAS CHAVE: (AASETT) ASSOCIAÇÃO ECUMÊNICA DE TEÓLOGOS DO TERCEIRO SÉCULO. (TDL) TEOLOGIA DA LIBERTAÇÃO.



      O presente artigo levanta críticas minuciosas a respeito de um grupo de teólogos latino-americanos, bem como sobre suas obras. Essa então, chamada Comissão Latina Americana da Associação Ecumênica (AASETT), procura desenvolver uma ideia religiosa de pluralismo, sendo liberta de qualquer paradigma ou sistema religioso, posicionando-se como unicamente correto e detentor da verdade, atacando assim, a fé de todas as religiões, principalmente, o Cristianismo Conservador.

      A meu ver, é um grupo de teólogos liberais sobre a influência do Marxismo, vendo assim, a necessidade de ‘’libertação’’ de todo o sistema religioso. A finalidade do presente artigo é apontar os erros cometidos por esse grupo de teólogos, que segundo o autor, acabam caindo nesse mesmo erro, pois acusam outras religiões de também os cometer. Dessa forma, o autor levanta os pontos centrais dos erros cometidos, bem como procura mostrar que sua visão está totalmente equivocada.

      As ideias centrais deste artigo estão em provar que o diálogo, a tolerância e o pluralismo só funcionarão se respeitarmos as outras religiões, ou seja, sem fazer nenhum ataque a elas. O exclusivismo de que somos atacados como Cristãos é uma prática deste grupo (AASETT), o qual nos acusa de provocar conflitos, divisão e opressão, quando na verdade esses ataques acontecem por parte deles. O autor levanta questionamentos quando os pontos centrais de nossa fé são atacados, tais como: um novo conceito de Deus, de Cristo, de Salvação e de Revelação, que segundo a (AASETT), não passam de símbolos construídos pelos seres humanos. A visão deste grupo é que a História deve ser reescrita a partir da visão dos pobres e oprimidos, descartando assim, o senhorio de Cristo, que eles chamam de uma forma de opressão, criada pelo Cristianismo para demonizar e excluir as outras religiões. A referida Associação não aceita a Bíblia ou qualquer outro livro de outra religião como fonte inspiradora. Ela vê Cristo, apenas, como um mero professor na História. Deus, para eles, é visto como um ser que esta por trás das marionetes chamadas de vários nomes, quais sejam: Cristo, Brahma, Allah, etc. E, que assim comanda o Mundo, já que, no final das contas, é a mesma pessoa, só que, com nomes diferentes.

      Segundo o autor, eles estão se baseando no pluralismo de John Hick, cuja preocupação está destacada naquelas pessoas que não conheceram Cristo, então, como seriam salvas? P.178. Sendo assim, ele defende o pluralismo, até porque sente a necessidade de achar algum tipo de salvação para aqueles que nunca encontraram Cristo. Mesmo que neguem que não estão falando que todos os deuses sejam Deus, é o que parece claro no texto, pois essa é a ideia que a (TDL PLURALISTA) apresenta com suas teses e escritos. Lendo o artigo, vejo que o autor conseguiu provar que a TDL fracassou, com sua contribuição para uma teologia que desenvolve um diálogo com outras religiões, pois se mostrou intolerante com os direitos dos outros, definindo seu ponto de vista como absoluto. Minha opinião particular é que esta questão deveria ficar para o campo da Ciência da Religião. Entretanto, claro está, que não estou excluindo aqui o diálogo entre a Teologia e as outras religiões, ou ainda, as outras Ciências, mas sim, que a Teologia deveria se preocupar mais com as questões da Teologia fundamentada nas Escrituras Sagradas, e não no Liberalismo Teológico. Porém, oportuno lembrar que, não se está cerceando o direito de defesa e de mostrar seu ponto de vista diante de novas publicações que venham a atacar as verdades da nossa fé cristã.   

      Por conseguinte, fazendo-se uma análise do artigo, percebo que o autor conseguiu atingir seu objetivo, trazendo algo inovador e de absoluta importância para a defesa da fé crista, chegando assim, ao cerne da ironia do pluralismo religioso que se destaca como absolutista. Recomendo esta obra a todos os estudantes de Teologia que desejam conhecer esses movimentos de Teologia na Teologia da pós-modernidade. Ressalto ainda, que essa indicação também serve a Pastores, Professores, bem como Alunos da área do ensino teológico e religioso. Quanto aos méritos, o referido autor merece-os, e muito, sendo eles pelo fato de seus levantamentos serem claros e objetivos, por sua formação acadêmica, bem como pela sua atuação na área, que é deveras respeitada.



      O autor é Ph.D. em Estudos Teológicos e Religiosos pela Denver University / Iliff School of Theology, Denver, Colorado / EUA. Autor de Teologia sistemática: uma análise histórica, bíblica e apologética para o contexto atual (Vida Nova) com Franklin Ferreira. Professor de Teologia na Gordon-Conwell Theological Seminary em Charlotte, North Carolina, nos EUA. Também leciona na Faculdade Teológica Batista do Paraná. E-mail: amyatt@pobox.com      

       


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